quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Hélio Costa critica o Estado e vence o debate da RedeTV

O candidato ao governo de Minas pela coligação “Todos Juntos por Minas”, que compõe os partidos PT, PMDB. PCdoB e PRB participou na noite do dia 22, do debate promovido pela RedeTV e pelo jornal Folha de S.Paulo. Logo no primeiro bloco Hélio falou sobre a parceria necessária entre o Governo do Estado e o Governo Federal para a construção de uma malha rodoviária eficiente em Minas. “É muito importante a relação do Governo de Minas Gerais com o Governo Federal. No passado, no governo anterior, nós tivemos uma dificuldade enorme na medida em que as transferências federais para o cuidado das estradas de Minas não foram utilizadas para aquilo que devam fazer, corrigir os defeitos das estradas”, afirmou o candidato.

Ainda sobre a dificuldade em obras como a da BR381 e Rodoanel, Hélio ressaltou a importância da sintonia entre os governos. “Hoje nós temos essa dificuldade ainda. O ideal seria que o governo federal transferisse a responsabilidade para o governo de Minas. Certamente a BR381 já estaria sendo feita. Neste momento ela está com recursos previstos no PAC e em procedimento de licitação”, reforçou Hélio. “Essa é uma obra que vai terminar certamente nos próximos quatro anos. E governo de Minas vai se empenhar junto ao governo federal para garantirmos a transferência destes recursos para Minas. Fazendo aqui a gente faz mais e melhor”.

No segundo bloco, o senador Hélio Costa questionou o candidato do PSOL, Luiz Carlos, com relação aos R$800 milhões que o governo atual do Estado investiu em propagandas nos últimos oito anos. “Pelas minhas contas nós poderíamos fazer 130 escolas técnicas, ou pelo menos, 600 hospitais em Minas Gerais. Propaganda não deve ser prioridade”, falou. Hélio também questionou a licitação feita recentemente pela Cemig de R$100 milhões para fazer propagandas. “Eu acho que nós temos coisas muito mais importantes a fazer. Sobre tudo em um momento que o governo do Estado cobra sobre a conta de luz 30% de imposto e depois cobra mais 30%, porque ele cobra o imposto por dentro. Então a sua conta que devia ser de R$100,00, passa a ser R$130,00 e vira R$142,80. Isso é um absurdo que precisa ser corrigido. Eu espero que nós possamos resolver isso”. Na treplica o candidato do PSOL afirmou que o governo estadual nem precisaria gastar tanto com publicidade. “Afinal de contas uma boa parte da imprensa mineira já faz publicidade de graça para o governo. Governo este que de certa forma tem a imprensa em suas mãos, uma censura que não sabemos muito bem como é feita”, disse o candidato da oposição.

O candidato da coligação “Somos Minas” se mostrou incomodado novamente no terceiro bloco do debate, quando questionado sobre a afinação do governo federal e do governo estadual proposta pela coligação “Todos Juntos por Minas”. O jornalista Waldo Cruz da Folha de S.Paulo questionou o candidato Anastasia sobre o embaraço em mostrar que apóia José Serra para a presidência. O candidato chamou de “esferas distintas” o governo estadual e federal. Já Hélio reafirmou a importância da sintonia entre os governos e que é apoiado pelo presidente do Brasil, Lula e pela candidata Dilma Rousseff.

Ao ser questionado sobre a crise dos Correios, pela jornalista da RedeTV, Ana Paula Carvalhais, Hélio foi enfático ao falar que não pode se responsabilizar pelo que está acontecendo agora. “Neste momento todos querem bater nos Correios para ele ser vendido as multinacionais”, disse. “Eu não tenho e não tive nenhuma responsabilidade, muito menos com esses diretores que estão agora, que não foram indicados durante a minha gestão enquanto ministro das Comunicações”.

No penúltimo bloco, o candidato do PV, Zé Fernando, questionou Hélio sobre a sua proposta para a saúde em Minas Gerais. “Quando nós falamos de saúde, nós falamos em cuidar das pessoas. Este é um problema do atual governo. A saúde deve ser absoluta prioridade. Os hospitais regionais que estamos propondo na nossa campanha. Vem exatamente de encontro a necessidade do estado. Cada região de Minas tem que ter um hospital de alta complexidade que realmente possa resolver os problemas da comunidade”. Hélio também falou sobre a implementação do ProUni Saúde que vai conceder a bolsa de estudos aos estudantes de medicina do interior e quando formados eles voltam para suas cidades para prestar serviços durante três anos. Com relação a Emenda 29, o candidato afirmou novamente o compromisso. “Nenhum governo nesses últimos 15 anos em Minas Gerais fez o repasse dos 12% para a saúde e mesmo depois da Emenda 29 ter sido aprovada, ninguém conseguiu passar os 12%. Todos nós vamos assumir este compromisso”, assumiu Hélio.

O senador perguntou ao candidato do PV sobre os salários dos professores, que o atual governo afirma ser um dos três melhores do país e que depois da greve de 40 dias conseguiu um aumento irrisório. “Toda vez que o governo disser que vai pagar um bom salário, os professores devem questionar por que não pagou antes. Teve oito anos para pagar. Hoje o professor de Minas Gerais não está sendo valorizado”, afirmou. “Nós precisamos cuidar dos nossos professores, são eles que cuidam dos nossos filhos, das nossas crianças. Chega de tecnocracia no governo”.

Nas considerações finais, Hélio fez uma consideração sobre o boato que o atual governo está passando em Minas Gerais sobre a LC100. “O governo está espalhando, como é do seu feitio, que os outros não vão continuar com a LC100. O funcionário da educação sabe o respeito que nós temos com eles e certamente nós vamos encontrar uma solução de estabilidade para todos vocês. Os 100 mil funcionários que estão dependurados por causa da irresponsabilidade desse governo”, ressaltou. “Minas precisa muito de tomar uma decisão neste próximo dia três e sentir que nós estamos no caminho de eleger a nossa presidenta Dilma no primeiro turno e que nós precisamos de uma afinação: Minas Gerais e o governo federal. Não adianta a gente eleger alguém que vai ficar na oposição aqui em Minas a um governo progressista que vai fazer ainda mais que o presidente Lula fez nesses últimos oito anos”, terminou Hélio pedindo o voto de todos. Em entrevista o senador disse que o debate foi muito bom para discutir vários pontos, mas que faltou a discussão sobre a segurança pública e se comprometeu a levar a discussão para os próximos debates.

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